Você sente que está sempre correndo atrás das contas e nunca sobra dinheiro? Ou talvez dependa do cartão de crédito para fechar o mês? Se respondeu “sim”, você não está sozinho. 32% dos brasileiros têm saúde financeira ruim ou muito baixa, e muitos vivem com estresse constante por não saber como mudar essa situação.
O Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) traz um retrato claro de como lidamos com o dinheiro e, mais importante, oferece insights para sair dessa realidade. Prepare-se para descobrir onde você está e como transformar suas finanças hoje.
O que é o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro?
O Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) é uma ferramenta desenvolvida pela FEBRABAN em parceria com o Banco Central para medir como a população lida com suas finanças. Ele avalia cinco dimensões principais, além de duas dimensões secundárias que complementam a análise. Juntas, essas dimensões oferecem uma visão ampla da saúde financeira dos brasileiros.
As Dimensões Avaliadas no I-SFB
1. Segurança
Essa dimensão reflete a percepção do cidadão sobre sua situação financeira. Ela mede o quanto as finanças pessoais são uma fonte de preocupação e estresse, indicando como a estabilidade financeira afeta diretamente a saúde mental e emocional. Entenda sua situação financeira aqui!
2. Liberdade
Aqui, o foco é medir se o indivíduo sente que tem opções na vida. Essa dimensão avalia se as escolhas financeiras permitem flexibilidade ou se a pessoa se sente presa a limitações financeiras constantes.
3. Proficiência
Combina dois elementos: habilidade e comportamento, formando uma visão completa de como as pessoas gerenciam o dinheiro:
• Habilidade: Mede a capacidade de buscar, entender e utilizar informações importantes para tomar decisões financeiras conscientes.
• Comportamento: Avalia atitudes práticas, como disciplina e controle financeiro.
4. Base Financeira (Dimensão Secundária)
Essa dimensão captura o contexto financeiro de cada indivíduo, avaliando elementos como renda, patrimônio e o acesso a oportunidades financeiras. Ela também considera fatores como grau de instrução e acesso a produtos e serviços financeiros. Essa base é fundamental para entender como o ambiente financeiro afeta a saúde financeira.
5. Autopercepção (Dimensão Secundária)
A autopercepção mede o nível de consciência financeira do indivíduo. Essa dimensão identifica se a pessoa reconhece quando está faltando informação para tomar decisões, quando as contas estão saindo do controle ou se ela percebe que não está gerindo bem suas finanças.
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As Faixas do Índice de Saúde Financeira
O Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) divide os indivíduos em faixas classificatórias, de acordo com suas pontuações. Essas faixas ajudam a identificar o estado atual da saúde financeira de cada pessoa, permitindo orientações mais precisas para melhorias.
1. Ótima (83 a 100 pontos)
Pessoas nessa faixa têm uma saúde financeira excepcional. Suas finanças conferem tanto segurança quanto possibilidades de escolha. Isso reflete uma combinação de conhecimentos sólidos e hábitos consistentes, que permitem aproveitar melhor o presente e planejar o futuro.
- Honram integralmente os compromissos assumidos.
- Têm maior probabilidade de sobrar dinheiro no fim do mês.
- Possuem reservas de emergência suficientes para lidar com imprevistos.
2. Muito Boa (69 a 82 pontos)
Essa faixa inclui pessoas com grande domínio sobre suas finanças, onde o dinheiro não é fonte de preocupação ou ameaça ao padrão de vida.
- Conduzem suas finanças com autonomia e confiança, aplicando bem seus conhecimentos.
- São organizadas e raramente enfrentam contratempos financeiros.
- Já possuem uma base sólida para buscar a construção de patrimônio e alcançar a faixa “Ótima”.
3. Boa (61 a 68 pontos)
Indivíduos dessa faixa têm uma vida financeira confortável, mas sem capacidade de enfrentar grandes imprevistos.
- Sentem que têm opções no presente e no futuro, mas enfrentam algumas incertezas pontuais.
- Conhecem os princípios básicos de finanças, o que os ajuda a evitar problemas no dia a dia.
- No final do mês, sobra dinheiro para quase metade deles, mas menos de um quarto tem condições de lidar com despesas inesperadas.
4. OK (57 a 60 pontos)
Aqui estão pessoas com uma vida financeira equilibrada, mas sem margem para erros.
- Enfrentam inseguranças moderadas sobre a manutenção do padrão de vida.
- Seu conhecimento financeiro é suficiente para o dia a dia, mas não para decisões complexas.
- Raramente sobra dinheiro no fim do mês. Apenas um em seis conseguiria lidar com uma despesa inesperada.
5. Baixa (50 a 56 pontos)
Sinais de desequilíbrio começam a aparecer nessa faixa. Essas pessoas enfrentam grande insegurança sobre o futuro financeiro.
- Conhecimento e atitudes financeiras são básicos e insuficientes para decisões mais complexas.
- Dificuldade de fechar as contas: pouca chance de sobrar dinheiro no fim do mês.
- Alta probabilidade de atrasar pagamentos e dificuldades para suportar imprevistos financeiros.
6. Muito Baixa (37 a 49 pontos)
Esta é uma faixa de alto risco, onde a vida financeira está profundamente desequilibrada.
- O padrão de vida é afetado e o estresse financeiro contamina o ambiente doméstico.
- Conhecimentos financeiros são limitados, dificultando a organização das contas e a disciplina necessária para mudanças.
- Mais da metade dos indivíduos nessa faixa gasta mais do que ganha, muitas vezes gerando atrasos nas contas.
7. Ruim (0 a 36 pontos)
Esta é a faixa mais crítica do índice. Pessoas nessa situação enfrentam:
- Uma sensação de completa falta de opções no presente.
- Altos níveis de estresse financeiro que prejudicam o padrão de vida e o ambiente doméstico.
- Grande dificuldade para entender informações financeiras e manter o controle sobre suas contas.
- Alta probabilidade de atrasar pagamentos e de contrair mais empréstimos do que podem pagar.

O índice médio do brasileiro é de 57 pontos, mas as diferenças entre os níveis de saúde financeira são marcantes. No extremo inferior, os brasileiros classificados com saúde financeira ruim possuem um I-SFB médio de 26. Já no extremo superior, aqueles com melhor saúde financeira alcançam um I-SFB médio de 90. Veja na imagem abaixo.

Principais Dados do Índice de Saúde Financeira
O relatório do I-SFB apresenta números que mostram o impacto da falta de educação financeira e planejamento no Brasil:
• 32% têm saúde financeira ruim ou muito baixa.
Essas pessoas enfrentam dificuldades constantes para fechar o mês e dependem de crédito para despesas básicas.
• 49% não têm condições de lidar com uma despesa inesperada.
Sem segurança para lidar com imprevistos, fica difícil fazer um planejamento de longo prazo.
• 22% possuem reserva de emergência.
A ausência de planejamento deixa milhões vulneráveis a crises.
• 29% gastam mais do que ganham.
Esse comportamento é um dos principais fatores do endividamento.
• 24% dependem de crédito rotativo para despesas básicas.
O uso frequente do cartão de crédito gera juros altos, dificultando a quitação de dívidas.

Por Que Melhorar Sua Saúde Financeira É Essencial?
A falta de saúde financeira não afeta apenas o bolso, mas também sua qualidade de vida, relacionamentos e saúde mental. Veja como cada dimensão está conectada à sua realidade:
- Estresse Constante: Cerca de 58% dos brasileiros relatam preocupação diária com dinheiro.
- Liberdade Limitada: Muitos brasileiros sentem que não têm escolhas por causa de restrições financeiras.
- Ciclo de Endividamento: A dependência de crédito gera juros altos e impede o avanço.
Por outro lado, ao melhorar sua saúde financeira, você pode:
- Reduzir o estresse causado por dívidas.
- Criar segurança para lidar com imprevistos.
- Realizar sonhos, como viagens, educação ou compra de imóveis.
Quer descobrir como está sua saúde financeira? Calcule sua pontuação no I-SFB aqui e dê o primeiro passo para transformar suas finanças.
Como Melhorar a Sua Saúde Financeira
Com base nos dados do I-SFB, aqui estão passos práticos para melhorar seu planejamento e controle financeiro:
1. Controle Financeiro
Segundo o relatório, 38% dos brasileiros não acompanham seus gastos da maneira adequada. Isso é o primeiro passo para mudanças.
• Ação: Use um aplicativo como Organizze ou uma planilha para registrar todas as receitas e despesas. Essa prática simples te dá uma visão clara do que pode ser ajustado.
2. Planejamento Financeiro
A falta de reserva de emergência afeta 78% da população.
• Ação: Economize regularmente. Mesmo valores pequenos, como R$ 50 por mês, fazem a diferença a longo prazo. Use a regra 50-30-20 para organizar sua renda.
- 50% para necessidades básicas.
- 30% para lazer.
- 20% para poupança e investimentos.
3. Uso Consciente do Crédito
Mais de 24% usam crédito rotativo do cartão para despesas básicas.
• Ação: Priorize o pagamento de dívidas com juros altos e evite o rotativo do cartão. Negocie condições melhores com seu banco sempre que possível.
4. Invista em Educação Financeira
Apenas 34% sabem identificar boas oportunidades de investimento.
• Ação: Busque cursos, leia blogs como o Investimento Pensado, veja vídeos sobre finanças e siga perfis do Instagram como @investimentopensado.
Conclusão
O Índice de Saúde Financeira do Brasileiro revela desafios importantes, mas também mostra que pequenas mudanças podem transformar sua relação com o dinheiro. Com práticas simples como controle financeiro e planejamento, você pode construir um futuro mais seguro e tranquilo.
Não espere até o próximo susto financeiro. Clique aqui e calcule sua saúde financeira agora. Dê o primeiro passo para transformar suas finanças!